A falta de pilotos para aviões e helicópteros já preocupa a Icao (Organização Internacional de Aviação Civil). No Brasil, a demanda é tanta que companhias estão contratando pilotos recém-formados, ex-integrantes da Força Aérea Brasileira (FAB) e até “repatriando” brasileiros que foram trabalhar no exteior.
Com a aviação civil comercial aquecida, a previsão é de que nos próximos 20 anos sejam necessárias mais 39.500 aeronaves circulando no planeta. Para isso, as companhias aéreas precisarão contratar mais 460 mil pilotos e 650 mil comissários e técnicos, segundo estudo do fabricante de aviões Boeing. Em 2010, o número de pilotos contratados pelas companhias brasileiras aumentou 23% e o de passageiros transportados subiu 22%.
Hoje, um aluno paga entre R$ 220 a R$ 750 por hora voada, ou seja, a licença de PC (piloto comercial) não sai por menos R$ 80 mil. Após a formação, são contratados como copilotos, com salário mensal de R$ 6 mil a R$ 10 mil. Já a remuneração de um piloto, que é o comandante da aeronave, varia de R$ 12 mil a R$ 25 mil, dependendo da aeronave e da especialização necessária.
Pilotos e instrutores dizem que companhias estão contratando ex-militares e também chegaram a “importar” recentemente brasileiros que foram voar no exterior, principalmente por companhias do Oriente Médio e Ásia, promovendo-os. A contratação de pilotos estrangeiros também é cogitada. “O País tem condições de suprir a mão de obra, subsidiando a formação. Algumas empresas estão fazendo lobby no Congresso para poder contratar pilotos de fora, do Mercosul ou da África. Mas não precisa importar estrangeiro, isso pode destruir o mercado nacional”, afirma o presidente do conselho nacional de escolas de aviação, Marcus Silva Reis.
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